quinta-feira, 19 de junho de 2008

Eu não sei na verdade quem eu sou

(O Teatro Mágico)


Eu não sei na verdade quem eu sou,
Já tentei calcular o meu valor,
Mas sempre encontro sorriso
E o meu paraíso é onde estou...
Por que a gente é desse jeito
Criando conceito pra tudo que restou?

Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!

Mas eu não sei na verdade quem eu sou!
Já tentei calcular o meu valor.
E sempre encontro o sorriso
E o meu paraíso é onde estou
Eu não sei na verdade quem eu sou!

Perguntar de onde veio a vida,
Por onde entrei deve haver uma saída
E tudo fica sustentado pela fé!
Na verdade ninguém sabe o que é!

Velhinhos são crianças nascidas faz tempo!
Com água e farinha eu colo figurinha e foto em documento!
Escola é onde a gente aprende palavrão...
Tambor no meu peito faz o batuque do meu coração!

Mas eu não sei na verdade quem eu sou.
Já tentei calcular o meu valor,
E sempre encontro o sorriso e o meu paraíso é onde estou!
Eu não sei na verdade quem eu sou!

Percebi que a cada minuto
Tem um olho chorando de alegria e outro chorando de luto
Tem louco pulando o muro, tem corpo pegando doença
Tem gente trepando no escuro, tem gente sentindo ausência!

Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!

Eu não sei na verdade quem eu sou,
Já tentei calcular o meu valor,
Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou...
Eu não sei na verdade quem eu sou.

2 comentários:

boogienwoogie disse...

sensacional esse texto...acho q nao saber de fato e literalmente quem somos torna tudo muito mais possível de ser...q lindo!!! conceituamo-nos assim no florescer de cada novo instante, recriando a persona oculta ou exposta de nós mesmos...e o universo de possibilidades flutuando dentro de nós e nas entrelinhas das definições...amei!!!

bicho do mato disse...

Inquietude em mim

Há uma inquietude em mim...
Um não sei o que
vindo de não sei onde
Pensamentos imprevisíveis
Que não devia deixar rolar
Tomam conta, faz morada
não me deixa sossegar
Sentimentos tantos
e tão confusos
Uma alma em turbilhão
O nexo sem nexo
Trilhos divididos
que me levam
a lugar nenhum
Tento acalmar tanta
inquietação
Esta hiperatividade insana
Tantos porques sem explicação
E corro inquieta e confusa
Talvez sem nenhuma aparente
razão...

Isabel Nocetti