quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A seta e o alvo

(Paulinho Moska / Nilo Romero)

Eu falo de amor à vida
Você, de medo da morte
Eu falo da força do acaso
E você, de azar ou sorte.

Eu ando num labirinto
E você, numa estrada em linha reta
Te chamo pra festa
Mas você só quer atingir sua meta
sua meta.

É a seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera

Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros
Eu digo: "Te amo"
E você só acredita quando eu juro.

Eu lanço minha alma no espaço
Você pisa os pés na terra
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era
E o que era?

Era a seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera

Eu grito por liberdade
Você deixa a porta se fechar
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.

Eu corro todos os riscos
Você diz que não tem mais vontade
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com a metade.

É a meta de uma seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada?

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